31 dezembro 2009

ÉS COMO OS POLÍTICOS

Estás aí à porta, Ano Novo, aguardando que o velho se despeça para entrares também na ilusão de quem te espera.

Não te iludas tu, porém, nem acredites que podes fazer algo  de positivo na Terra, porque os que nela mandam não consentirão.

No final serás escorraçado, como todos os anos que te antecederam, e sairás  com o rabo entre as pernas, se não o deixares preso…

Não queiras vir a passar por isso. Ainda estás a tempo de escolheres.

De resto, porque és como os políticos, não poderei contar contigo para nada, e tu só interessas a quem não precisa de ti.

Não te iludas, Ano Novo, nem iludas quem te espera.

In: Sérgio O. Sá,  Do Diário de um Marginal

29 dezembro 2009

COPENHAGA: Era uma vez uma Cimeira

Não sou bruxo, nem adivinho, mas…

A verdade é que tentei, dias antes do início da Cimeira de Copenhaga, deixar uma chamada de atenção para o grave problema das Alterações Climáticas, mas, não sei (?) porquê, não consegui entrar nos espaços cujas portas me têm sido franqueadas. (Agradeço, entretanto, ao Blogue ESTRADA POEIRENTA, que, dias depois, integrou, em jeito de comentário, o meu texto.

É, pois, a posteriori que transcrevo, aqui, no meu desconhecido blogue, esse texto, o mesmo que tentei publicar, em páginas bem mais visíveis,  no dia da abertura do evento.

«Iniciada hoje, 7 de Dezembro de 2009, receio bem que a tão propalada cimeira sobre as Alterações Climáticas não passa de mais um fiasco. Poderia e deveria ser da maior importância, se os protagonistas oriundos dos países que se fazem representar levassem consigo a consciência, a seriedade e a vontade necessárias para que, de uma vez por todas, a questão da decadência acelerada do nosso Planeta fosse levada a sério. Tão a sério, que as medidas a tomar (que terão de ser radicais, por força do estado a que a TERRA chegou) possam surgir quanto antes.

Infelizmente, poderá não passar de mais um encontro de “individualidades” que mais não pretendem do que se mostrar e dizer que os países a que pertencem existem, pensando ou fazendo de conta que os Povos desta decadente Aldeia Global os desconhecem e não sabem quem têm e com o que contam…

Mas a TERRA está em perigo iminente. Já o afirmei, há vinte anos, na Comunicação Social. Em 1992, noutra crónica, considerei a CIMEIRA DA TERRA, realizada no Rio de Janeiro sob a égide das Nações Unidas, como O INÍCIO DA ÚLTIMA ESCOLHA, acreditando que, finalmente, os homens prestariam atenção ao que de tão perverso vêm fazendo contra esta esférica Casa que habitamos e que há milhões de anos flutua no espaço sideral.

A verdade é que não se tratou de INÍCIO algum. Apenas a “conversa fiada” do costume, onde os argumentos anti-Natureza uma vez mais reflectiram a inteligência dos “senhores do mundo”.

Outros eventos internacionais, como o de KIOTO, por exemplo, têm ocorrido com fins análogos aos agora apregoados para Copenhaga, mas de eventos não têm passado. Que se poderá esperar de mais este? Será que ainda não se deram conta de que o o tempo de Vida na TERRA entrou em contagem decrescente e em progressão geométrica?

Que de uma vez por todas se acabe com tanta hipocrisia, com a paranóia do pseudodesenvolvimento. Que se deixe de ter medo de encarar a verdade e se implementem as urgentíssimas medidas que, já não sendo capazes de salvar o Planeta, retardem, pelo menos, a catástrofe global que porá fim à Humanidade.

Que Copenhaga fique na História como o MOMENTO DA VIRAGEM!

Esse foi o meu aflitivo desejo. Mas, infelizmente, nada aconteceu, nada poderia acontecer, porque os homens são os mesmos…

Não sou bruxo nem adivinho, mas… ERA UMA VEZ UMA CIMEIRA…

Sérgio O. Sá